Vice-governador recebe apoio do PSC na disputa ao governo de SP


Prestes a oferecer uma “amostra grátis”, como chamou o período em que assumirá o governo de São Paulo após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) sair para disputar a Presidência, o vice-governador do Estado, Márcio França (PSB), admitiu nesta segunda-feira (12) que concorrerá com algum candidato tucano em outubro.

“Aqui em São Paulo nós temos uma candidatura do PT, que ainda não está decidida entre Luiz Marinho e Elói Pietá […]. Nós temos uma candidatura do PMDB, que é o Paulo Skaf […]. Teremos um candidato do PSDB. Qualquer nome que saia de lá é sempre um nome forte, porque são nomes preparados também. E teremos o nosso”, afirmou o pré-candidato a governador.
França tinha a intenção de contar com o PSDB em sua campanha e trabalhava com a possibilidade de oferecer ao partido a vaga de vice. No entanto, deve prevalecer entre os tucanos a decisão de ter candidatura própria – a legenda tem hoje três pré-candidatos oficiais. O prefeito da capital, João Doria, também é apontado como alternativa.

Fechado com Alckmin e querendo passar ao largo das rusgas tucanas, França anunciou nesta segunda a entrada do PSC (Partido Social Cristão) no grupo de legendas que irá apoiá-lo na disputa pelo governo.
O evento, na sede da sigla aliada, no Jardim Paulista (zona oeste), teve a presença do presidente estadual do partido, o deputado federal Gilberto Nascimento, do prefeito de Guarulhos, Guti (PSB) e a ausência do nome mais conhecido da agremiação, o também deputado Marco Feliciano (que estaria de saída, a caminho do Podemos).

Márcio França já conta com 18 minutos de propaganda eleitoral

O vice-governador já conta também com a adesão de PR, PROS e SD, o que lhe garante, de acordo com seus cálculos, 18 minutos de tempo de propaganda na TV e no rádio. PV, PPS, PCdoB, PHS, PTC e PSD estão na lista de siglas que ele ainda tenta atrair.
Ao PRB, outro partido em seu radar, ele acenou na sexta-feira (16) com um convite a Celso Russomanno para ser seu vice. O deputado federal é hoje o líder das pesquisas para a sucessão de Alckmin – alcança de 25% a 32% no Datafolha.
Russomanno confirmou à reportagem ter recebido o convite, mas disse que a ideia será submetida ao PRB. “Na minha vida as decisões nunca foram individuais, são sempre partidárias”, afirmou o parlamentar.
França discursou que os próximos meses não serão “uma tarefa fácil”, numa alusão à campanha. “Mas também, vamos ser francos, não existe tarefa tão fácil quanto você pegar um governo do Alckmin e ao mesmo tempo você estar sentado no exercício do cargo de governador”, analisou.

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