Casarão 7 de Setembro deve receber Museu da Água até o final do próximo ano

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Antônio Boaventura

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Patrimônio tombado em dezembro de 2000, o Casarão da rua 7 de Setembro, localizado no Centro, deve abrigar até o final do próximo ano o Museu da Água, segundo o prefeito Guti (PSB). O mesmo revelou que o restauro e ou reforma pode custar aos cofres públicos à quantia aproximada de R$ 5 milhões.

“O Museu da Água é importante não somente pela questão cultural, mas também pela questão educacional. Nós temos um passado recente muito ruim com água, inclusive, com a cidade em 90% sem água, além de chegar a ficar em até cinco dias sem água. O Museu da Água será algo marcante para a cidade de Guarulhos”, disse o prefeito Guti.

O Casarão foi tombado por meio do Decreto Municipal n° 21.143 de dezembro de 2000. Aquele imóvel já foi sede da 1ª Vara do Fórum de Guarulhos, em fevereiro de 1956, e também abrigou no período entre 1973 a 2001, a secretaria de Obras, Junta de Alistamento Militar e Museu Municipal, de acordo com o projeto de recuperação do imóvel disponibilizado no Portal da Transparência.

O terreno onde se encontra o Casarão foi concedido em 1913 pelo então prefeito Gabriel José Antônio a José Maurício de Oliveira Sobrinho, que também foi prefeito da cidade entre os anos de 1919-1930 e 1940-1945. Sobrinho mandou construir o Casarão como sua residência que teria ficado pronta no ano de 1925, de acordo com o projeto.

Através do Portal da Transparência no site da Prefeitura de Guarulhos, o HOJE obteve acesso à maquete eletrônica do projeto, que prevê a construção de um prédio anexo ao Casarão. De acordo com o portal, a licitação de n°43651 teve abertura no mês de setembro de 2016, ano da gestão do ex-prefeito Sebastião Almeida, antes no PT e agora no PDT.

No cronograma financeiro do Casarão, o valor da final da obra orçado no mês de fevereiro de 2017 está em R$ 4,8 milhões, entretanto, o custo atualizado não consta no Portal da Transparência e tampouco foi informado pela administração municipal. No portal também não informa o nome da empresa.

Entre os problemas apontados no projeto de recuperação arquitetônica do Casarão estão a cobertura, os aparatos para a captação das águas fluviais que se encontram deteriorados, entupidos e desconectados, além da instalação elétrica, hidro sanitária, telefonia e dados que são inexistentes.

“As obras já foram retomadas, até por que precisava resolver algumas questões internas. Precisamos de algumas autorizações, mas já fizemos o processo de desratização e o prefeito tem o compromisso com o Centro da cidade. É um ícone do centro que vai ser recuperado e ser entregue na gestão dele”, concluiu Paulo César Matheus, secretário de Educação.

Foto: Ivanildo Porto

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