Bancos anunciam ação conjunta para diminuir o impacto do Covid-19, mas não atendem clientes

Homem contando Dinheiro
Foto: Reprodução
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Na semana passada, os grandes bancos do país lançaram uma ação conjunta para reduzir o impacto do coronavírus (Covid-19) na economia do país. A promessa anunciada era permitir a clientes a possibilidade de adiar, por até 60 dias, o pagamento de parcelas de empréstimos. Mas quando os correntistas entraram em campo para obter benefício, a grande maioria se decepcionou. Os canais de atendimento não funcionam, falta informação entre gerentes e a prorrogação é, na verdade, um novo financiamento ou novo contrato, com aumento dos juros. Segundo os bancos, a possibilidade de adiar os pagamentos de empréstimos tomados pelos clientes está disponível, mas é válida apenas para quem está com a conta em dia. Além disso, afirmam os bancos, para inserir esse tipo de medida extraordinária dentro do sistema operacional da instituição financeira necessário classificar a operação como uma repactuação ou refinanciamento.

O problema é que esses detalhes não ficaram claros assim que a medida foi lançada, na segunda-feira da semana passada (dia 16). E muitos clientes se sentem prejudicados pelo anúncio, que consideram falsa propaganda.

Não é só para pessoas físicas que os bancos estão aumentando os juros. Empresários ouvidos declararam que os bancos estão segurando dinheiro e aumentando juros (em alguns casos, subindo 2,5 vezes a taxa). O próprio Banco Central também detectou aumento de juros e menor prazo de financiamento por parte dos bancos.

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