Moradores do Cabuçu protestam contra a ampliação de aterro particular

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O processo de ampliação do aterro sanitário particular CDR Pedreira, que pertence ao grupo francês Veolia, ainda é motivo de preocupação para os moradores da região do Cabuçu. Nesta quinta-feira (24), populares que habitam aquele bairro da cidade estiveram no Paço Municipal manifestando seu descontentamento em relação a esta iniciativa por parte da gestora daquele ativo.

“O aterro vai ser uma extensão de vários problemas que nós já estamos tendo. Nós que vivemos ali em harmonia com a floresta e com a mata estamos perdendo há muito tempo tudo isso. Estamos convivendo o tempo todo com aquele tráfego de caminhões e muita poeira, além da devastação ambiental. Nós não queremos lixo no nosso bairro”, disse a moradora Regiane Beltrame, 42 anos.

No entanto, o eletricista Jesiel Sampaio, 53, ressalta que a vontade popular é a de evitar a devastação da área que compreende aquela região, já que está em uma área classificada como Área de Proteção Ambiental (APA). Ele entende que não há necessidade de ampliar aquele ativo por conta da alta quantidade de resíduos despejados de outros municípios, que segundo ele, supera o do município.

“A gente não quer esse aterro lá. Mostra claramente que não vai levar nenhum benefício pra gente. Aquelas caçambas de entulho detonou o asfalto das ruas da nossa região. A gente já tem um aterro lá que não é só nosso. É mais lixo de São Paulo e outras regiões do que o nosso. O povo está contra isso”, explicou Sampaio.

Caso a ampliação seja aprovada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o referido aterro sanitário ficará a uma distância de quase 7 quilômetros do Aeroporto Internacional de São Paulo – Guarulhos, em Cumbica. De acordo com a legislação de segurança aeroportuária a distância mínima é de 20 quilômetros. O aterro CDR Pedreira possui licença de funcionamento até 2023.

Antônio Boaventura

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Foto: Ivanildo Porto

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