Pinacoteca apresenta retrospectiva com obras de Di Cavalcanti

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Uma mostra para celebrar os 120 anos do nascimento de Emiliano Di Cavalcanti entra em cartaz neste sábado, dia 2 de setembro, na Pinacoteca de São Paulo. São mais de 200 obras de um dos mais importantes artistas do modernismo brasileiro em exposição que ficará na Pina Luz até 22 de janeiro de 2018.

A mostra “No subúrbio da modernidade – Di Cavalcanti 120 anos” reúne pinturas, desenhos e ilustrações do artista, realizadas ao longo de quase seis décadas de carreira. O material da exposição pertence a algumas das mais importantes coleções públicas e particulares do Brasil e de outros países da América Latina, como Uruguai e Argentina.

Obras icônicas e outras pouco vistas estarão distribuídas em sete salas do primeiro andar da Pina Luz, sob a curadoria de José Augusto Ribeiro, que explica o mote de “No subúrbio da modernidade – Di Cavalcanti 120 anos”.

“Ao mesmo tempo, o título se refere aos lugares que o artista costumava figurar nas suas pinturas e desenhos: os bordeis, os bares, a zona portuária, o mangue, os morros cariocas, as rodas de samba e as festas populares – lugares e situações que, na obra do Di, são representados como espaços de prazer e descanso”, explica Ribeiro.

Segundo o pesquisador, a exposição pretende investigar como o artista desenvolve e tenta fixar uma ideia de “arte moderna e brasileira”, além de chamar a atenção para a condição e o sentimento de atraso do Brasil em relação à modernidade europeia no começo do século XX.

Além da atuação pública de Di Cavalcanti como pintor, a mostra aspectos de sua trajetória, como as ilustrações e charges para revistas, livros e até mesmo capas de discos. Será abordada também a condição de um Di Cavalcanti mobilizador cultural e correligionário do Partido Comunista do Brasil (PCB). “Esse engajamento reforça o desejo de transformar o movimento moderno em uma espécie de projeto nacional”, completa Ribeiro.

A Pinacoteca preparou ainda um catálogo com três ensaios inéditos escritos pelos autores José Augusto Ribeiro, curador da mostra, Rafael Cardoso, historiador da arte e do design, e Ana Belluzzo, professora e crítica de arte.

O livro apresenta reproduções das obras apresentadas, uma ampla cronologia ilustrada e um compilado de textos já publicados sobre a trajetória do artista. A exposição tem patrocínio de Banco Bradesco, Sabesp, Ultra, Escritório Mattos Filho e Alexandre Birman.

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