Acusados pelas mortes de Marielle Franco e Anderson foram a júri popular

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Os dois homens acusados pelas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foram a júri popular. A decisão, do juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal da Capital, foi proferida nesta terça-feira (10).

Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Elcio Queiroz estão presos na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO) desde março do ano passado. Eles negam participação nos dois assassinatos, ocorridos no dia 14 de março de 2018, quando o carro em que Marielle e Anderson estava foi atingido por diversos disparos, sendo que quatro tiros acertaram a vereadora e três atingiram o motorista.

Na decisão, o juiz explicou que a qualificação do homicídio doloso, quando existe a intenção de matar, foi dada porque os réus agiram por motivo torpe, armaram uma emboscada e dificultaram a defesa das vítimas. Ambos estão respondendo por homicídio triplamente qualificado.

Kalil também manteve a prisão preventiva dos réus durante o processo. As defesas de Ronnie Lessa e Elcio Queiroz pediram a impronúncia do caso e absolvição sumária, alegando não haver indícios suficientes para apontá-los como autores do crime.

“O embate entre a tese ministerial (do Ministério Público) e as defensivas deve ser decidido pelo Tribunal Popular”, escreveu o juiz Gustavo Gomes Kalil, que não determinou data para o julgamento. Cabe recurso da sentença.

Marielle e Anderson foram executados no Estácio, bairro na Região Central do Rio, em 14 de março de 2018. Ronnie e Élcio estão presos há um ano, e a sentença os mantém no presídio federal de segurança máxima de Porto Velho, em Rondônia.

O caso é tratado como sigiloso pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. A Polícia Federal havia se oferecido para assumir as investigações, mas o estado declinou.

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