Defesa Civil interdita 60 apartamentos do Residencial Flamboyant, em Bonsucesso

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A Defesa Civil de Guarulhos interditou 60 apartamentos do bloco 3 do Residencial Flamboyant, na rua Tenry, em Bonsucesso. A interdição, provocada pelas várias rachaduras nas paredes e escadas do imóvel, ocorreu na manhã desta terça-feira (24). Ainda pela manhã, os moradores foram surpreendidos com barulhos vindos da estrutura do condomínio, e assim informaram à prefeitura e à Defesa Civil sobre o problema. O bloco foi interditado às 11h, mas os moradores já estavam fora de casa desde às 9h.
Segundo eles contaram ao HOJE, os problemas começaram desde a inauguração do condomínio, no dia 11 de maio do ano passado. Além da falta de infraestrutura nos apartamentos, existe também a reclamação contra a construtora Qualyfast, que inúmeras vezes teria recebido reclamações, mas não atendeu aos moradores.

“No quarto da minha casa há uma grande rachadura. Ela está lá desde junho de 2016, o mês que mudei para cá. Já são inúmeros problemas, não tem interfone, falta de compromisso da construtora, piso mal colocado e até cano entupido. Isso não é Minha Casa Minha Vida, é minha casa meu desespero”, disse o pedreiro Leandro da Silva.

A cabeleireira Tatiane Alencar também reclamou dos problemas do bloco. “Dias atrás fui à casa de uma amiga, que não mora no bloco interditado, mas no bloco 2, e lá havia uma grande rachadura próximo a porta. Hoje observamos que um homem devido a proporção que tomou o caso, estava passando massa corrida para tampar as rachaduras do outro bloco”, revelou Tatiane.

A reportagem entrou em contato com uma representante da construtora no local, mas ela revelou que estava apenas realizando uma vistoria, e disse que informações seriam repassadas pela assessoria de imprensa. Em contato com a empresa, o HOJE recebeu a informação que o responsável pela comunicação não se encontrava no momento, e que só seria possível contato na quinta-feira (26).

Representantes da prefeitura chegaram ao local às 11h e prestaram apoio aos moradores. Segundo a administração municipal, a construtora Qualyfast possui dez apartamentos no condomínio, e que nestes seriam alocados parte dos moradores, como idosos e crianças. O restante, segundo o secretário de Comunicação, Rodrigo Buffo, seriam encaminhados para um hotel pago pela empresa.

Reportagem: Ulisses Carvalho
Foto: Ivanildo Porto

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