Fora do Anel Viário, feirantes apontam insegurança e queda de 60% nas vendas


Com a chegada do Corredor Metropolitano São Paulo – Guarulhos, em outubro de 2015, a feira livre realizada em um dos trechos do corredor, na Vila Galvão, teve de mudar seu endereço. Agora localizada no Parque Marabá, feirantes apontam insegurança e queda de até 60% nas vendas. Eles pretendem sugerir a administração uma nova mudança de local.

“Está ruim e péssimo. Não temos vendas e o freguês sumiu. Fizemos um abaixo-assinado para sair daqui. Aqui está escondido e ninguém vai trazer sua esposa para este lugar e ser assaltado. Freguês nenhum que era de lá vem aqui”, relatou a feirante Débora Tassiana.

Com 26 anos de serviços prestados nas feiras livres, Gérson Amaral acredita que há descaso por parte do governo municipal com os feirantes. Ele afirma que ao longo dos últimos 18 meses, os feirantes tentam de diversas formas dialogar e expor os problemas existente com o comércio na rua Vasco Brancaleoni.

“A feira caiu mais de 60% e estamos brigando com a prefeitura, mas não teve acordo. Segundo o governo, para oo Anel Viário ela não volta mais. Sugerimos centralizar essa feira no centro da Vila Galvão ou na rua Padre João Alvares”, explicou. Amaral também ressalta que o comércio foi prejudicado pela baixa efetividade, segundo ele, do Corredor Metropolitano, além de destacar que os feirantes que estavam naquele local contribuem com uma parcela importante no abastecimento de hortifruti na cidade.

“Isso é um descaso. Nós fazemos uma parte do abastecimento de Guarulhos e não temos esse retorno. No lugar está um corredor, que pra mim é um elefante branco, por ter apenas três linhas que leva ninguém a lugar nenhum”, concluiu.

O HOJE questionou a Prefeitura de Guarulhos a respeito do problemas apontados pelos feirantes, mas não houve resposta.

Reportagem: Antônio Boaventura

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Foto: Ivanildo Porto

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