Sem paradeiro, CEI pode convocar “operador” de forma coercitiva e por publicação em edital


A Câmara Municipal está encontrando dificuldades para encontrar e convocar Marco Antônio Ferreira, identificado como possível “operador” da negociação que tinha como objetivo concluir doação de R$ 12 milhões para as campanhas de Alexandre Zeitune (REDE) ao Palácio dos Bandeirantes e de Marina Silva (REDE) ao Palácio do Alvorada, para prestar esclarecimentos sobre esta operação na Comissão Especial de Inquérito (CEI), que investiga possível irregularidade neste caso.

Diante deste quadro, Marcelo Seminaldo (PT), presidente daquela comissão, não descarta a possibilidade de convocar Ferreira através de publicação em edital pelo Diário Oficial do Município (DOM), ou de forma coercitiva. Ele não foi encontrado pelo Poder Legislativo para receber de forma oficial a convocação para prestar esclarecimentos na reunião da CEI desta terça-feira (20).

“Ele está em ‘Lins’ (Local Incerto e Não Sabido). Ele sumiu e ninguém sabe onde ele está, e não atende as ligações. Vamos convocar ele pelo Diário Oficial (do Município) e caso seja necessário usar os meios legais, inclusive, convocar de forma coercitiva”, declarou o vereador Marcelo Seminaldo.
Entretanto, Seminaldo deixou claro que esta ação não significa ser prova de que Marco Antônio Ferreira possa ser acusado de algum ato ilícito. Contudo, o mesmo classificou como estranha à atitude dele. “Isso não prova nada contra ele, mas é um mau sinal”, concluiu.

A convocação do suposto “operador” foi aprovada por oito dos onze integrantes da CEI na última terça-feira (13). Não votaram esta sugestão os vereadores Geraldo Celestino (PSDB), Luís da Sede (PRTB) e Romildo Santos (DEM). O colegiado também divergiu sobre a possibilidade de convocar os protagonistas antes do resultado do laudo da perícia contratada pela Câmara para identificar os participantes daquela conversa.

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