Clínico geral preso por fraude em esquema da “farra do ponto” atende normalmente no PA Bonsucesso


Apesar de flagrado em diversas ocasiões pela Controladoria Geral do Município (CGM) burlando o sistema que registra a carga horária diária de sua prestação de serviço na Unidade Básica de Saúde (UBS) Dona Luiza, localizada na região do bairro dos Pimentas, o médico canadense Pierre Simon continua exercendo sua atividade normalmente, mas desta vez no Pronto Atendimento Bonsucesso.

De acordo com a prefeitura, o profissional continua prestando seus serviços ao município em função do processo administrativo aberto pela Corregedoria Geral do Município ainda estar em andamento, além de ressaltar que os procedimentos a serem adotados estão sob análise da secretaria de Justiça. No entanto, a administração pública não revelou qualquer data como prazo para a conclusão deste trabalho.

Enquanto não há qualquer solução para este caso, Pierre continua exercendo sua atividade na rede municipal de saúde. Da UBS Dona Luiza ele foi transferido para o PA Bonsucesso. O médico canadense Pierre Simon, que integra os quadros de funcionários da Prefeitura de Guarulhos desde 2008 e foi preso em flagrante no dia 11 de abril sob acusação de registrar suas digitais para controle do horário de expediente sem cumprir a carga horária.

Ele recebeu voz de prisão no local de trabalho [UBS Dona Luiza] quando chegava para bater o ponto de saída. Ele foi enquadrado no artigo 299 do Código Penal Brasileiro por cometer crime de falsidade ideológica e levado ao 5º Distrito Policial para ser autuado em flagrante. O mesmo ficou preso no 1º Distrito Policial até a realização da audiência de custódia, que aconteceu no dia seguinte.

A defesa do médico, naquela ocasião, realizada pelos advogados Leandro Gomes e Wellington Carrapeiro, afirma que as saídas dele no horário de expediente se davam em função da pouca infraestrutura que a região, onde está localizada a unidade de saúde, oferece. “Ele saía para fazer suas refeições. Quem conhece a cidade sabe que temos poucos lugares que funcionam 24 horas. Por isso ele saía, mas voltava”, garantiu Gomes.

Antônio Boaventura

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