Penitenciária Adriano Marrey utiliza a cultura na ressocialização dos detentos

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A música e o teatro são instrumentos utilizados pela Penitenciária II Desembargador Adriano Marrey para ressocialização de detentos. Os reeducados realizaram nesta quarta (29) apresentações culturais na unidade prisional de Guarulhos. O evento faz parte do calendário anual de ações de cidadania voltadas aos detentos e abre espaço para que eles exibam seus trabalhos artísticos trabalhados em oficinas educativas.

“Este é um trabalho voluntário e conseguimos implantar isso como política pública. A gente consegue transformá-los pela arte. E este é o nosso lema dentro do sistema carcerário. A secretaria está enxergando com bons olhos estes projetos e que possamos fazer isso em outras unidades prisionais”, disse o educador Igor Rocha.

Os presos já se apresentaram para o tenor italiano Andrea Bocelli e confeccionaram roupas para desfile da última São Paulo Fashion Week. Agora, os presos da Penitenciária II “Desembargador Adriano Marrey”, de Guarulhos, encenam a peça “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, na próxima quarta, 29, como parte da III Jornada da Cidadania e Empregabilidade.

O projeto, uma realização da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) junto a Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania e da Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro), acontece junto ao VIII Circuito Jurídico da FIG/Unimesp, universidade parceira da penitenciária em ações jurídicas e pedagógicas.

A unidade penitenciária de Guarulhos conta com projetos artísticos voltados para o desenvolvimento social dos presos desde 2010. Inicialmente, foram criados os cursos de coral, acústica e de teatro e, em 2015, a penitenciária abraçou o projeto de crochê Ponto Firme, de Gustavo Silvestre, como mais uma iniciativa de ressocialização através da arte, que atingiu visibilidade internacional.

No ano seguinte, em outubro de 2016, o canto e coral “Fenix”, formado por presos da unidade, apresentou-se dentro do presídio para o tenor italiano Andrea Bocelli. Em 2017, na “II Jornada da Cidadania e Empregabilidade”, os reeducandos do grupo de teatro “Do Lado de Cá” interpretaram a peça “Vida e Morte Severina”, do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto.

Antônio Boaventura

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Foto: Ivanildo Porto

 

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