Gympass vai lançar serviço voltado a crianças


Nos últimos anos, a startup Gympass se tornou conhecida por ajudar empresas a fazer seus funcionários se exercitarem. Por meio de um serviço que pode ser oferecido como benefício corporativo, a companhia avaliada em mais de US$ 1 bilhão conecta pessoas a uma rede de academias, mediante pagamento de uma mensalidade dividida entre o empregado e seu empregador. Agora, é a vez das crianças: hoje, a empresa lança o Gympass Kids, plano que pretende oferecer atividades virtuais e presenciais para os filhos de seus atuais usuários.

“Muitas empresas estão pensando em como manter o funcionário satisfeito e percebemos que havia espaço também para cuidar das crianças”, diz o presidente executivo da empresa na América Latina, Leandro Caldeira. A princípio, o Gympass Kids terá dois planos, ambos disponíveis apenas para quem já é usuário da startup. O mais barato, de R$ 35 ao mês para o usuário, dará acesso apenas a plataformas virtuais – não apenas com orientações para atividades físicas, mas também aulas de programação e de artes.

Já o mais caro, chamado de Kids Plus, custará R$ 100 ao mês. O pacote também terá aulas presenciais de modalidades como natação ou artes marciais, em redes como Cia. Athletica, Bodytech. Também estão inclusas parcerias com redes como a Super Geeks, voltada à tecnologia. Segundo Caldeira, por enquanto as empresas parceiras da Gympass não terão de arcar com nenhum custo – a ideia da empresa é testar a viabilidade da solução nos próximos 12 meses.

Horizonte

A inclusão de atividades de artes e tecnologia por uma marca conhecida pelas atividades físicas não é à toa: faz parte de um movimento executado pela Gympass nos últimos meses, desde o início da quarentena. Com o fechamento das academias, a empresa viu a taxa de cancelamento de seus serviços subir. Em abril, teve de fazer um corte de cerca de 20% em sua equipe, perdendo cerca de 300 funcionários em todo o mundo – hoje, a startup atua em 14 países, entre América do Norte, América Latina e Europa.

A resposta foi transformar o app da empresa, antes usado para procurar academias, em uma plataforma de serviços de bem-estar e saúde mental. Além de treinos digitais, passou a incluir vídeos e sistemas de orientação em áreas como meditação, terapia e nutrição, por exemplo. “A pandemia nos trouxe um desafio, mas as empresas também passaram a se preocupar mais com o bem-estar mental dos funcionários”, diz Caldeira. “Isso nos fez repensar o que mais poderíamos testar.”

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