Educadores de escola municipal visitam reserva indígena Wassú no Cabuçu


Gestores, professores e estagiários de apoio à inclusão da EPG Glorinha Pimentel visitaram a reserva indígena da etnia Wassú, no Cabuçu, onde participaram da vivência Aprendendo com a Cultura Indígena. A iniciativa, que integrou o Conselho Participativo de Classe e Ciclo (CPCC) no último dia 28 de abril, teve como objetivo potencializar o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da unidade escolar.

“Conhecer a cultura indígena de forma respeitosa e vivenciá-la é essencial para promover aprendizagens significativas dentro do contexto escolar. Essa experiência foi um mergulho na sabedoria ancestral, nas tradições e nos modos de vida do povo Wassú, fortalecendo o compromisso com uma educação antirracista e plural”, enfatizou a diretora Samantha Solano.

Durante a vivência, os educadores participaram de uma trilha guiada, assistiram palestra sobre a cultura indígena e se envolveram em atividades práticas como pintura corporal com carvão, jenipapo e urucum. Dentre os momentos impactantes, o grupo relatou que estar dentro de uma oca foi um momento de profunda conexão e escuta do conhecimento que circulou de forma oral, vivo e potente.

“Quando o indígena Alan Wassú explicou que podemos utilizar as pinturas, desde que saibamos o significado de cada uma e expliquemos isso aos educandos, refleti sobre a responsabilidade que temos ao trabalhar com elementos culturais em sala de aula”, disse a professora Rosane Alves. Segundo ela, esse depoimento reforça a importância de agir com ética e respeito ao tratar de culturas que foram historicamente silenciadas ou apropriadas de maneira equivocada.

Já a professora Janaina Reis destacou a dimensão social da experiência. “Conhecer a reserva vai ao encontro de uma educação antirracista que está contemplada na ODS 10 – Redução das Desigualdades,” destacou a educadora, que registrou a visita com fotos.  Sua fala evidencia como vivências como essa contribuem para uma formação cidadã, crítica e alinhada aos compromissos globais com justiça social e equidade.

A imersão fortaleceu o entendimento de que o respeito à diversidade cultural precisa fazer parte do cotidiano escolar. “Quando os professores vivenciam experiências como essa, eles retornam com novos repertórios, mais sensíveis e preparados para desconstruir estereótipos e valorizar a cultura indígena com seus alunos”, relatou Ione Rodrigues, coordenadora pedagógica da unidade escolar.

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