Servidores decidem manter a greve após prefeitura aumentar a proposta em 0,25%

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Após reunião finalizada no início da tarde desta sexta-feira (19) no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) entre a prefeitura e o Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública de Guarulhos (Stap), a administração municipal realizou uma nova proposta de aumento salarial em 0,25%, o que não foi aceito pelos servidores públicos municipais, que sob forte chuva, decidiram, em assembleia realizada na Praça Getúlio Vargas, manter a greve iniciada nesta quinta-feira (18). A reunião terminou por volta das 15h30.

Essa é a segunda proposta recusada pelos servidores. A primeira negociação entre a prefeitura e o Stap foi recusada após a proposta de aumento salarial em 2%. Nesta segunda-feira (22), haverá nova assembleia na sede do sindicato na Vila Progresso, às 13h, para avaliar o movimento. Na segunda proposta desta sexta-feira, além do reajuste de 2,25%, a gestão Guti (PSB) incorporou no vale-refeição R$ 30, o que garantiria o valor total de R$ 480. Na primeira proposta, de 2%, o vale-refeição chegaria a R$ 500. Porém, nas duas propostas não há mais a opção do cartão cesta-básica de R$ 100.

Caso a assembleia desta segunda opte por manter a greve, haverá nova audiência de conciliação no TRT-SP na quarta-feira (24).
Segundo o presidente do Stap, Pedro Zanotti, dos 22 mil servidores municipais, ele acredita que pelo menos dois mil aderiram à paralisação até o momento. “Durante a assembleia que realizamos na quinta-feira (18), a nossa lista de presença registrou 1.200 assinaturas, e acredito que esse número chegue aos 2 mil”, afirmou.

O sindicato solicitou à prefeitura reposição da inflação, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,08%, além de mais 2,36% de reposição referente às perdas de 2015, ocorridas durante a gestão do ex-prefeito Sebastião Almeida. Zanotti disse que o aumento da proposta não foi maior por parte da administração municipal porque, segundo a prefeitura, iria de encontro à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Ele [prefeito Guti] entrou em janeiro, não tinha mais o gasto de R$ 7 milhões com os comissionados, e como a gestão criou novos cargos, agora a prefeitura tem gasto de R$ 5 milhões”, revelou.

Reportagem: Ulisses Carvalho
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Foto: Ivanildo Porto

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