Guarulhos registra a primeira morte de macaco por febre amarela

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O Instituto Adolfo Lutz confirmou na tarde desta sexta-feira (8) que a causa da morte do macaco encontrado em um pesqueiro na estrada dos Veigas, no Bairro do Marmelo, no último dia 28, foi por febre amarela. Diante do diagnóstico positivo, a Secretaria de Saúde intensificará novamente a vacinação naquela região, bem como as ações de prevenção. Especialistas do Centro de Vigilância Epidemiológica Estadual também virão ao município na próxima semana, para estudar outras medidas que deverão ser adotadas no local.

Logo após a notificação da morte do macaco naquela região, a Secretaria de Saúde deslocou uma equipe de profissionais para vacinar as pessoas que trabalham no pesqueiro e seus freqüentadores, bem como para orientar a população quanto às medidas preventivas a serem adotadas, que incluem a vacinação e o uso de repelentes. Um veterinário do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) também foi até o local para realizar a necropsia do animal e colher material para análise.

Para os moradores da região do Marmelo, a UBS mais próxima que oferece as doses contra a febre amarela é a Bananal, que fica na rua Martinica nº 220. Já os freqüentadores do pesqueiro, podem procurar qualquer uma das 27 Unidades Básicas de Saúde (UBS) que estão imunizando contra a doença: Palmira, Continental, Vila Rio, Morros, Santa Lídia, Seródio, Haroldo Veloso, Carmela, Lavras, Soberana, Ponte Alta, Santa Paula, Álamo, Aracília, Piratininga, Cambará, Cabuçu, Recreio São Jorge, Novo Recreio, Belvedere, Primavera, Acácio, Bananal, Santos Dumont, Fortaleza, Água Azul e Bambi.

A vacinação contra a febre amarela em Guarulhos teve início no dia 28 de outubro passado. Desde então, já foram vacinadas 134.162 pessoas contra a doença na cidade. Os endereços e telefones de todas as UBS estão disponíveis no site da Prefeitura: http://www.guarulhos.sp.gov.br/pagina/ubs.

A Secretaria de Saúde alerta que em casos como este, de aparecimento de macaco morto, a Defesa Civil deverá ser imediatamente acionada pelo telefone 199, para a adoção das medidas zoosanitárias pertinentes. A orientação é para nunca mexer no animal nem tirá-lo do local encontrado. É importante destacar que ele não transmite a febre amarela, mas é apenas uma vítima do vírus.

Por isso, o macaco não representa uma ameaça à população. Pelo contrário, a preservação de sua vida é fundamental para o monitoramento da doença, além do que matar um animal silvestre é crime. Como forma de prevenção, a Secretaria de Saúde recomenda que a população mantenha distância das matas, uma vez que as pessoas que contraíram febre amarela no Brasil até hoje residiam em área rural ou adentraram em ambientes florestais e não eram vacinadas contra a doença.

O último registro de febre amarela urbana no Brasil ocorreu em 1942, no Acre. Depois disso, todos os casos registrados no país foram da forma silvestre, ou seja, de pessoas que adentraram em matas ou zonas rurais com circulação do vírus, sem proteção.

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