População reprova a coleta e tratamento de esgoto do Saae

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Antônio Boaventura

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Além de conviver por mais de 30 anos com problemas no abastecimento de água, Guarulhos também conta com a ineficiência nos serviços de coleta e tratamento de esgoto, que de acordo com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) é de apenas 7,5% dos dejetos produzidos em toda cidade. Diante deste quadro, 58% dos entrevistados pelo instituto Govnet/Opinião Pesquisa reprovaram esta prestação de serviço da autarquia guarulhense.

Apenas 35% aprovam o serviço de coleta e tratamento de esgoto.

Tão logo a concessão seja aprovada pela Câmara, a Sabesp irá assumir o tratamento de esgoto da segunda maior cidade do estado de São Paulo, a partir das estações de tratamento São Miguel Paulista e Parque Novo Mundo, localizadas nas zonas norte e leste da capital paulista. Mas, para realizar os serviços propostos, a empresa que passa a assumir o Saae, anunciou que fará os devidos investimentos na infraestrutura.

Contudo, existe um acordo formalizado em meados de maio deste ano entre a administração pública e o Ministério Público Estadual (MPE) para que até o início do próximo ano a cidade possa tratar 15% do esgoto produzido. O acordo se deu após o prefeito Guti (PSB) realizar ampla negociação, que foi iniciada ainda em 2017, com o promotor de Justiça Ricardo Manuel Castro.

Desde o início da atual gestão, o chefe do Executivo demonstrou que o município não tinha condições de cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado anteriormente com o Ministério Público do Estado, assinado entre 2006 e 2009 pelos ex-prefeitos petistas Elói Pietá e Sebastião Almeida (hoje no PDT).

Sem realizar os investimentos necessários, ambos se comprometeram a chegar ao final de 2017 com 80% de esgoto tratado, o que não aconteceu. Apesar da construção de três Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) na cidade, com capacidade para tratar 50% dos dejetos produzidos, não houve investimentos em troncos coletores. Guti assumiu o governo em 1º de janeiro de 2017 com cerca de 2% de esgoto tratado e conseguiu chegar ao final do ano passado a 7,5%.

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