Saúde alerta para vacinação contra febre amarela para quem vai ou mora em Águas de Lindóia


A Secretaria de Estado da Saúde alerta a população residente e os visitantes de Águas de Lindoia, a se vacinar contra a febre amarela, caso ainda não estejam imunizados.

O Instituto Adolfo Lutz, órgão ligado à pasta, confirmou o óbito de um macaco infectado pelo vírus. O animal foi localizado na borda da mata, próximo ao Balneário Municipal, ponto turístico conhecido e visitado especialmente no período de verão.

Na região de Campinas, onde se encontra o município de Águas de Lindóia, as ações de imunização contra a febre amarela têm ocorrido desde o primeiro semestre de 2017. Em continuidade ao monitoramento, profissionais da Vigilância Epidemiológica estadual farão busca ativa de outros animais nas matas ao redor do balneário.

Todo o território paulista já tem recomendação da vacina, devido a circulação do vírus. As pessoas não imunizadas devem receber as doses, que estão disponíveis na rotina dos postos de vacinação. A vacina deve ser tomada dez dias antes da viagem para proteção efetiva.

A vacina é indicada para pessoas a partir dos 9 meses de idade. Devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina os pacientes portadores de HIV positivo e transplantados. Não há indicação de imunização para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses de idade e imunodeprimidos como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide).

“A vacina é extremamente importante e, se tomada com no mínimo de dez dias de antecedência da viagem, garante a proteção efetiva”, afirma a diretora de imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Helena Sato.

Estar imunizado é fundamental para os que pretendem se deslocar para áreas de mata. “Aos que tomarem a vacina em período inferior a dez dias a deslocamentos com esse perfil, recomendamos que evitem adentrar áreas verdes e usem repelentes e roupas compridas e de cor clara para reforçar a prevenção”, complementa Sato.

Desde 2016, a Secretaria intensificou as ações de enfrentamento da febre amarela no Estado, por meio de monitoramento dos corredores ecológicos, vigilância epidemiológica e vacinação. Além do reforço nas estratégias em locais que convencionalmente estavam no mapa de imunização, as áreas com indicação da vacina foram gradativamente ampliadas antes mesmo da chegada do vírus. Isso ocorreu na Região Metropolitana de Campinas e Rota dos Mananciais, ainda em 2017, bem como a realização da campanha no início de 2018, que abrangeu 54 municípios da Baixada Santista, Vale do Paraíba e Grande ABC, culminando na totalidade do Estado.

A pasta incentiva a organização de ações pontuais pelos municípios e regiões, com a finalidade de alcançar o público ainda não imunizado.

Balanços

Nos últimos dois anos, mais de 15 milhões de pessoas foram vacinadas contra a febre amarela no Estado. O número é duas vezes maior que o vacinação da década anterior, com 7 milhões de pessoas imunizadas entre 2006 e 2016. Atualmente, a cobertura vacinal em SP é de aproximadamente 65%, em média, com variação entre regiões. Moradores de todos os locais devem ser imunizados, sobretudo aqueles que residem ou visitam áreas com vegetação densa, onde há necessidade de ampliar a cobertura vacinal, como a Baixada Santista (65%), Litoral Norte (85%) e Vale do Ribeira (66%).

De acordo com balanço divulgado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica, até o dia 3 de dezembro, houve 503 casos de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 176 deles evoluíram para óbitos. Do total, 30,2% das infecções por febre amarela foram contraídas em Mairiporã e 9,5% em Atibaia. Essas duas cidades respondem por 39,7% dos casos de febre amarela silvestre no Estado, e já têm ações de vacinação em curso desde 2017.

Em relação às epizootias, neste ano, 259 macacos tiveram confirmação da doença. A região com maior concentração é a Grande São Paulo, com cerca de metade dos casos. Já na região de Campinas, houve 10 casos confirmados, no mesmo período.

Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.

Foto: Ivanildo Porto 

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