Comando do CPA-M7 estuda trazer um Baep para Guarulhos

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Oito meses depois de ter assumido o Comando do Policiamento de Área Metropolitano 7 (CPA/M-7), responsável pelo policiamento de Guarulhos e outras sete cidades da região metropolitana (Arujá, Caieiras, Cajamar, Franco da Rocha, Francisco Morato, Mairiporã e Santa Isabel), o coronel PM Marco Antonio de Oliveira Faria, de 52 anos, revelou ao HOJE, em entrevista exclusiva, que já iniciou estudos para implantar em Guarulhos um Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep).

“É política do governo do estado que cada Comando Regional, ou CPA, tenha um Baep. E Guarulhos merece o seu. Existe essa projeção e já iniciamos estudos para implantarmos esse batalhão na maior cidade do estado de São Paulo e onde mais reside policiais militares, depois da capital paulista”, contou o coronel Marco Antonio.

O Baep envolve viaturas de quatro rodas, tipo Força Tática, e patrulhamento com motos. E, além desse tipo de policiamento, os estudos do CPA/M-7 planeja para Guarulhos um pelotão específico de trânsito e um canil.

E uma Cavalaria ou Destacamento de Polícia Montada? O oficial suspira e dá um sorriso. “Cavalaria é um sonho, mas ela já está nos nossos planos. Enquanto isso, vamos prosseguir com o trabalho que começou a ser desenvolvido por comandos anteriores do CPA/M-7, que vem trazendo bons resultados e aumentando a sensação de segurança da população. Vamos continuar trabalhando para reduzir ainda mais os indicadores de criminalidade de Guarulhos”, observou.

Ele se refere aos indicadores de 2019 em relação aos de 2018 que constataram redução em vários tipos de crimes, como homicídios e roubos de veículos. “Os únicos indicadores que não fechamos no verde, que foram inferiores a 2018, são os casos de estupros e furtos/outros. Mas, ainda assim, mesmo os casos de estupro conseguimos reduzir com relação às estatísticas do estado e da cidade de São Paulo”, observou.

Segundo os números apresentados pelo CPA/M-7, a taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes em Guarulhos é menor que a do estado e da cidade de São Paulo e a maioria dos indicadores também, como furtos e roubos. Furto e roubo de veículos por 100 mil habitantes é maior que a média estadual, mais ainda menor que São Paulo – em 2019, Guarulhos registrou mais de 4 mil veículos furtados ou roubados; no ano anterior, foram pouco mais de 5 mil.

O comandante também revelou que as 1ª (Centro) e 5ª (Ponte Grande) Companhias da Polícia Militar, cujo aluguéis são pagos pela Prefeitura de Guarulhos, deverão se mudar para o imóvel da rua Felipe Cabral de Vasconcelos, na Vila Sorocabana, onde funcionou o Sesi Guarulhos.

“Nosso intuito é desonerar a prefeitura e colocar mais policiais nas ruas, pois reduziremos o efetivo que fica parado tomando conta do prédio, ao mesmo instante que aumentamos o efetivo nas ruas”, explicou o oficial. Ele disse que está aguardando o repasse do imóvel da prefeitura para o governo do estado para colocar em prática esse projeto. “Os trâmites estão bem avançados”.

Roubo de cargas tem queda no território guarulhense, diz a PM

O número de roubos de cargas na região de Guarulhos apresentou vertiginosa queda, segundo os dados apresentados pelo Comando do Policiamento de Área Metropolitano 7 (CPA/M-7). “No ano passado, tivemos o menor número dos últimos cinco anos”, observou o coronel PM Marco Antonio de Oliveira Faria.

Pelos dados apresentados ao HOJE, em 2015 foram 268 casos; em 2016, 556; em 2017, este tipo de crime “explodiu”, com 705 registros; em 2018, voltou a cair, registrando 411 casos e em 2019, foram 247 ocorrências. Em janeiro deste ano, foram registrados 247 roubos de cargas.

“Alguns roubos não são na área de Guarulhos, mas o registro do crime é realizado aqui na cidade. Temos casos, por exemplo, do roubo de cargas ocorrer em outra região e o motorista é abandonado em Guarulhos e, aqui, ele faz o boletim de ocorrência. Ou seja, parte dos roubos de carga registrados não ocorrem aqui em nossa circunscrição”, explicou o oficial.

O baile funk em si não é crime, mas a nossa missão é a prevenção, diz oficial

Ao falar sobre a realização dos bailes funk na cidade, o coronel Marco Antonio explicou que vem colocando em prática, todos os finais de semana, a Operação Paz e Proteção, que entre os dias 1º de janeiro e o dia 1º de março, realizou 64 operações, com mais de 3 mil pessoas abordadas, 1.291 veículos vistoriados e prisões por tráfico e procurados pela Justiça recapturados.

“O baile funk em si não é crime, mas a partir do momento que começa a perturbar os moradores do local, aí sim passa a ser um problema de segurança pública e poderá existir a necessidade de uma intervenção. Mas nosso grande objetivo é a prevenção. É ‘ocupar o  terreno’ antes que o pancadão, sendo irregular, seja realizado”, explicou.

Coronel Marco Antonio observou ainda que a população também pode ajudar à Polícia Militar a melhorar a segurança pública. “Temos ações que envolvem a população, como os Consegs, que realizam reuniões mensais para discutir com a comunidade os seus problemas. Outra ação que estamos incentivando muito é a Vizinhança Solidária, onde a própria comunidade, junto com a polícia, analisa a situação da sua rua no âmbito da segurança. Cada companhia tem no mínimo um ou duas ruas envolvidas nesse projeto. O morador passa a conhecer o seu vizinho e, assim, todos adotam procedimentos de segurança em comum”.

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