Cães e gatos: descubra quais alimentos os pets podem comer

Imagem: Freepik
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Quem resiste àquela carinha de “pidão” do bichinho de estimação? É difícil para qualquer mãe ou pai de pet se manter firme quando seu cão ou gato têm interesse na comida do tutor.

Mas, se você quer ajudar o seu pet a ter uma boa saúde, precisa sim ser firme: o melhor alimento para estes animais, de fato, é a ração. Contudo, de vez em quando, e sobretudo como prêmio para adestrar o animal, está liberado oferecer como petisco um alimento “humano”.

Para não errar no “agrado” ao bichinho, o coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, médico-veterinário Frederico Fontanelli Vaz, listou os alimentos permitidos. Confira!

RAÇÃO É A MELHOR OPÇÃO!

O alimento mais recomendado para os pets é, de fato, a ração, visto que ela é desenvolvida por especialistas, levando em conta diversos critérios específicos para cada espécie, idade e até mesmo específicos para algumas raças de cães e gatos.

Os pets estão acostumados a ter sempre a mesma alimentação, a ração. Por isso, o organismo deles está acostumado a digerir “algo conhecido”. Quando o tutor fornece alimentos de seu próprio consumo para o pet, o organismo do bichinho precisa fazer um esforço grande para digerir aquele novo alimento, além deste potencialmente conter ingredientes inadequados. Isso pode causar distúrbios gastrointestinais e intoxicação alimentar, e resultar em vômitos, diarreia e mal-estar, podendo até levar o animal a óbito.

Além disso, se já é difícil para nós humanos controlarmos a quantidade de calorias que consumimos, imagina para os bichos quando consomem alimentos diferentes da ração que estão acostumados, sem condições controladas e sem auxílio médico-veterinário. Esse hábito pode levar à obesidade do animal, e consequentemente, aumentar problemas de saúde.

Outro aspecto é que o animal pode começar a rejeitar a ração e passar a querer comer apenas o alimento do tutor. Não há mal nenhum em oferecer alimentos diferentes ao pet como petiscos, basta consultar um veterinário para ver o que pode ser fornecido ou não.

Caso queira fazer qualquer alteração na alimentação do animal, como trocar de ração ou começar a oferecer alimentação natural, é preciso prepará-lo para que se adapte gradualmente. Na dúvida, procure um médico-veterinário especialista que possa receitar a dieta correta para seu bichinho.

Se surgir alguma dúvida sobre a quantidade de ração a ser oferecida, ao pet, fique tranquilo para seguir as medidas que encontramos no pacote de ração, pois elas são confiáveis. O ideal é que a comida seja oferecida ao pet de forma que ele não fique muitas horas sem comer, conforme a rotina dos habitantes da casa: dê a ração pela manhã e à tarde, e ofereça petiscos adequados nos intervalos.

O tutor pode agradar o pet e variar um pouco o cardápio, fornecendo algumas das opções listadas abaixo (como petisco ou até como ferramenta para adestramento), mas nunca substituindo a ração por estes alimentos:

PARA CACHORROS:
• Abóbora sem nenhum tempero
• Banana sem a casca
• Beterraba cozida e sem tempero
• Brócolis cozido e sem tempero
• Batata doce cozida sem tempero
• Carne bovina ou de frango cozida e sem tempero (sem osso)
• Cenoura crua e sem casca ou cozida sem tempero
• Chuchu cozido e sem tempero
• Couve-flor cozida e sem tempero
• Espinafre cozido e sem tempero
• Goiaba com casca
• Inhame sem casca, cozido e sem tempero
• Maçã sem a casca, sementes e o miolo
• Manga sem casca e sem caroço
• Manteiga de amendoim feita em casa, sem sal ou açúcar acrescentados
• Melancia sem casca nem sementes
• Pera sem casca, sementes e sem talo
• Tomates crus e sem semente

PARA GATOS:
• Carne de frango preparada sem nenhum tipo de gordura ou osso
• Peixes brancos e sem espinhas, salmão e truta, preparados sem gordura
• Carne picada de bovino ou aves, misturado com arroz cozido e ovo
• Abóbora, cenouras e espinafre – como petiscos

Dica importante: tanto para cachorros como para gastos, não é recomendável oferecer produtos industrializados, pois eles contêm e sal, açucares e condimentos que fazem mal ao organismo dos bichinhos.

PETISCO INDUSTRIALIZADO PODE FAZER MAL!

O veterinário alerta para o oferecimento de petiscos industrializados em excesso: por conterem mais gorduras e açúcares do que a ração, eles podem fazer mal a longo prazo. Outro ponto é que, consumindo muitos petiscos, o animal pode deixar a ração de lado, que é a alimentação mais saudável e recomendada.

ALIMENTAÇÃO NATURAL É MELHOR?

Em primeiro lugar, antes de preparar qualquer alimentação natural, é essencial consultar um médico-veterinário especialista. Só um profissional saberá formular uma alimentação adequada e equilibrada ao seu pet, que contenha todos os nutrientes essenciais e não possua ingredientes que possam causar intoxicação alimentar. Além disso, refeições caseiras aumentam o risco de doenças odontológicas, por causarem maior acúmulo de tártaro, então o tutor deve ficar de olho.

Por outro lado, a alimentação natural possui menos corantes, sal e está longe de processos industriais, o que traz efeitos benéficos na saúde do pet, quando elaborada com orientações profissionais. Se for orgânica, a alimentação se torna ainda mais saudável, por não apresentar produtos químicos.

No caso dos gatos, a alimentação natural precisa prezar por maior concentração de proteínas, pois os bichanos são essencialmente carnívoros.

Muitos tutores têm procurado utilizar alimentação natural para os seus pets, o que é válido e possível se o tutor tiver tempo para prepará-la e seguir frequentemente as recomendações de um profissional especializado.

RAÇÃO ÚMIDA TAMBÉM É BOA OPÇÃO

Os sachês, também conhecidos como ração úmida, podem ser uma boa opção para incrementar a alimentação dos bichinhos.

Para gatos: a composição da ração úmida contém mais água. Isso contribui para aumentar o volume da urina do animal, o que pode diminuir sua predisposição à distúrbios urinários, muito comuns em felinos domésticos, visto que eles não têm o hábito de beber muita água durante o dia.

Para cachorros: é recomendado analisar as embalagens, caso a caso. Há diversas opções no mercado, que levam em conta critérios como a idade do cãozinho, por exemplo. Sempre consulte seu médico-veterinário para auxiliar na melhor escolha.

ATENÇÃO À LIMPEZA DE COMEDOUROS E BEBEDOUROS

De nada adianta o tutor se preocupar com a alimentação dos pets, mas deixar de lado a limpeza dos locais onde eles realizam as refeições. Bebedouros ou comedouros que não são limpos com frequência podem acumular sujeira e matéria orgânica, facilitando a proliferação de bactérias e fungos que podem ser nocivos ao pet.

Por fim, o veterinário recomenda limpar os utensílios com água corrente, detergente ou sabão neutro, usando uma esponja específica e trocá-la regularmente. É também preciso enxaguar e secar bem as vasilhas.

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