Livro lançado pela prefeitura com histórias de mulheres que romperam o ciclo de violência

Foto: Marcio Lino/PMG
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Em agosto de 2021, a Prefeitura de Guarulhos lançou o livro-reportagem Eleutérias – Mulheres que Romperam o Ciclo de Violência, de Tiago Ortaet, que traz histórias reais de mulheres guarulhenses e migrantes que residem na cidade, todas elas acolhidas por serviços públicos oferecidos pela gestão municipal.

O projeto ampliou a visibilidade das políticas públicas de proteção integral e garantia de direitos fundamentais no enfrentamento da violência doméstica e familiar, pautadas pela Lei Maria da Penha. O livro foi distribuído nas bibliotecas municipais, além dos equipamentos de atendimento às mulheres.

“Quando a gente fala de violência contra a mulher nos referimos a algo que afeta toda a família. Precisamos continuar o trabalho e empenhar todos os esforços para que, num futuro próximo, possamos zerar os números de casos na nossa sociedade. É muito importante a união das diversas autoridades que estão aqui hoje, que batalham pela liberdade da mulher, para que o caminho continue sendo de evolução nas políticas públicas”, disse o prefeito Guti durante o lançamento do livro.

Verinha Souza, subsecretária de Políticas para Mulheres, lembrou que o Mapa da Violência contra a Mulher 2021, lançado na última semana, mostrou que a quantidade de boletins de ocorrência de violência contra a mulher registrados em Guarulhos aumentou no primeiro semestre de 2021. “Ao analisar esses dados, constatamos a urgente necessidade de implantação de mais centros de referência na cidade, exatamente nas regiões com mais boletins. Já iniciamos as tratativas”, comentou ela.

Histórias

O termo ‘Eleutérias’ remete à mitologia grega como personificação da autonomia feminina e sua independência, num contexto de mulheres em busca de liberdade contra tiranos. Oito mulheres foram entrevistadas, todas que já romperam o ciclo de violência doméstica e que foram ou são atualmente atendidas pelo Centro de Referência de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Doméstica – Casa das Rosas, Margaridas e Betes, que oferece atendimento psicológico, social e jurídico. São relatos fortes e cheios de dor, angústia e medo, mas que carregam consigo um caminho de esperança de que é possível viver outra vida livre de abusos físicos e psicológicos.

Para o autor Tiago Ortaet, a experiência de escrever o livro foi algo monumental. “Ouvir o relato de mulheres que vivenciaram um inferno particular em suas vidas e saber que o fruto do nosso trabalho, no lugar de acolhimento, é o resgate dessas vidas, dessa família, é muito emocionante. Todos nós somos responsáveis por combater essa atrocidade”, afirmou.

Todas as entrevistas foram acompanhadas de assistentes sociais da Subsecretaria de Políticas para Mulheres, que direcionaram e orientaram o entrevistador e autor para que todo o cuidado tenha sido tomado no tratamento das vítimas.

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