Em Guarulhos, PF cumpre mandado de busca e apreensão na operação contra fraude de merenda escolar

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A Polícia Federal (PF) realizou na manhã desta quarta-feira (09), o cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra uma pessoa em Guarulhos, na Operação Prato Feito, que apura esquema de desvios de recursos em 30 prefeituras. A PF revelou que não divulgará o nome do alvo e também o endereço da pessoa onde foi realizada a busca na cidade.

Essa operação deflagrada pela PF, Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF),  visa investigar a atuação de associações criminosas que seriam compostas por empresários, lobistas e até agentes públicos, com o objetivo de realizar fraude nas licitações e desviar recursos públicos nas áreas de educação nas prefeituras, principalmente da merenda, transferidos por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Quanto à investigação, a CGU apenas se limitou a dizer que a prefeitura de Guarulhos não está entre as investigadas. O inquérito foi instaurado em 2015, e de acordo com a CGU, um cartel de empresas estaria atuando com o objetivo de direcionar procedimentos licitatórios, superfaturando contratos, desviando dinheiro público através de serviços terceirizados e envio de produtos alimentícios.

A operação contou com a participação de 33 servidores da CGU e 577 policiais federais. Segundo a CGU, 154 mandados de busca e apreensão de pessoa jurídica e física foram cumpridas, além de 30 prefeituras investigadas, como Águas de Lindoia, Araçatuba, Araras, Barueri, Caconde, Cosmópolis, Cubatão, Embu das Artes, Holambra, Hortolândia, Itaquaquecetuba, Jaguariúna, Laranjal Paulista, Leme, Mairinque, Mauá, Mogi Guaçu, Mongaguá, Monte Mor, Paulínia, Peruíbe, Pirassununga, Registro, São Bernardo do Campo, São Paulo, São Sebastião, Sorocaba, Tietê, Várzea Paulista, Votorantim.

Além de São Paulo, foram cumpridos mandados também nos estados do Paraná, Bahia e Distrito Federal. As medidas foram expedidas pela 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo e pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Ao todo, cinco núcleos empresariais e 65 contratos na área de educação que somam R$ 1,6 bilhão são investigados, além de a Justiça pedir o afastamento preventivo de agentes públicos.

Reportagem: Ulisses Carvalho

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(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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