Servidores municipais decretam estado de greve após assembleia em Guarulhos

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Antônio Boaventura

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A prefeitura pode não conceder o reajuste salarial dos servidores públicos. O HOJE obteve a informação de que a administração pública alega não ter condições financeiras para arcar com o aumento de salário por conta dos impactos causados pela aprovação do Regime Próprio (RP) e a ascensão dos Guardas Civis Municipais (GCM), que deve ampliar a folha salarial em cerca de R$ 9 milhões.

Diante desta situação, o Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública de Guarulhos (Stap) decidiu pelo estado de greve a partir desta sexta-feira (3). A decisão em assembleia realizada na sede do sindicato. “Repudiamos a postura da Prefeitura de não reajustar os salários em 1º de maio”, disse em nota.

A entidade propôs ao governo municipal a aplicação do Índice do Custo de Vida (ICV), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que atualmente é de 4,16%. Contudo, a prefeitura aceitou reajustar a Cesta Básica em 17% e o vale-refeição em aproximadamente 10%.

“Esse ano a negociação foi um pouco diferente por conta do RJU, que acabou tomando conta mesmo. E acabamos correndo mais atrás disso. Tivemos duas reuniões com o governo. E na reunião da última terça-feira (30), eles disseram que a prefeitura não tem condições de fazer reajuste nenhum para esse ano”, disse o presidente do Stap, Pedro Zanotti.

De acordo com Zanotti, tanto Adam Kubo, secretário de Gestão, quanto Ibrahim El Kadi, secretário da Fazenda, afirmaram que o gasto da administração com a folha de pagamento é de aproximadamente 49%. E caso haja a concessão do reajuste, este índice poderia ultrapassar o permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Eles disseram que com o impacto da migração de mais de 13 mil funcionários, conforme o RJU, e mesmo com o desconto, que é muito, e também a proposta do acesso da GCM, que pode causar um impacto de R$ 9 milhões na folha. E eles não têm condições nenhuma de promover o reajuste”, concluiu.

Procurada, a prefeitura não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta edição.

Foto: Ivanildo Porto

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