Relator da CPI da Furp diz que fábrica gera prejuízo ao Estado

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Antônio Boaventura

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Relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que investiga possíveis irregularidades na gestão da Fundação para o Remédio Popular (Furp), o deputado estadual Alex Madureira (PSD) afirmou em seu relatório final que a fábrica gera prejuízo ao Governo do Estado. Seu futuro será decidido pelo governador João Doria (PSDB).

De acordo com Madureira, a ineficiência nos processos de administração e produção, apontados em seu relatório, causaram um prejuízo de R$ 50 milhões aos cofres no período entre 2010 [faturamento de R$ 180 milhões] e 2013 [R$ 130 milhões]. Nesta composição está incluso os custos com a distribuição de medicamentos [R$ 33 milhões neste período].

“Diante do exposto, esse relator acredita que é preciso ponderar, daqui para frente, quais as saídas para a Furp. Não adianta ficar tentando resolver um problema que ocorreu no passado. Existe um problema hoje: A Furp dá prejuízo para o Estado”, justificou o parlamentar.

Com uma produção anual de aproximadamente 2 bilhões de comprimidos por ano, a Furp tem como principal cliente as farmácias do programa Dose Certa, administradas pelo Governo do Estado. Ele representa quase 77% do faturamento da fábrica.

“No início de suas atividades, a produção tinha como propósito o combate de endemias, especialmente, a meningite. Com a inauguração da fábrica em Guarulhos, em 1984, a Furp passou a ter seu potencial de produção melhor aproveitado”, explicou.

A fábrica de Guarulhos conta com 853 funcionários e uma dívida superior à R$ 1 milhão. No ano passado foram atendidos 114 clientes públicos e outras 5 entidades filantrópicas. O deputado também ressaltou que os preços dos medicamentos produzidos na unidade fabril de Guarulhos estão sujeitos apenas aos custos de produção, estando em sua maioria compatível com preços públicos praticados.

Foto: Ivanildo Porto

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