Estado não libera vacina da covid-19 e atrasa início da campanha em Guarulhos

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O Governo do Estado só deve liberar a vacina contra a covid-19 para os municípios nesta terça-feira (19), o que irá atrasar o início da campanha em Guarulhos. Apesar de ser a porta de entrada do imunobiológico no Brasil e do anúncio do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de que o início da vacinação em todo o país começaria ainda na tarde desta segunda-feira (18), data em que o ministério começou a distribuir as doses para os 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal, o município ainda não recebeu nenhum lote do imunizante.

Em contato com a Vigilância Epidemiológica do Governo do Estado, a Secretaria Municipal da Saúde ainda não conseguiu receber informações sobre quando e quantas doses deverão ser destinadas a Guarulhos. A Prefeitura, por sua vez, já está preparada para instalar grandes polos simultâneos de vacinação na cidade, uma vez que a imunização no município não será feita nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), diferentemente do que foi anunciado em um site do governo estadual.

Vacinação em grandes polos

A decisão de não vacinar nas UBS neste momento leva em conta o alto potencial de transmissibilidade da covid-19, bem como o grande aumento verificado, desde a primeira semana de janeiro, de pessoas com sintomas suspeitos do novo coronavírus nos serviços de saúde, evitando, dessa forma, a possibilidade de infecção cruzada. Além disso, como o município ainda não sabe a quantidade de vacina que irá receber, haveria a necessidade de se estabelecer cotas para as unidades caso as doses sejam insuficientes e a vacinação seja realizada nas UBS, fator que a Prefeitura considera negativo.

Em contrapartida, a realização da campanha em grandes polos dotados de toda a infraestrutura vai viabilizar maior fluidez do público-alvo, evitar aglomeração nos serviços de saúde, além de concentrar recursos humanos e materiais para otimizar o processo logístico de imunização em massa. Por isso, pela estratégia municipal, as UBS ficarão responsáveis pela vacinação dos profissionais de saúde, bem como dos idosos acamados e restritos ao leito.

“Temos de garantir a segurança de todos durante o processo de vacinação. Trata-se de uma doença altamente transmissível e a vacina não garante imunidade imediata. Isso não significa que não iremos disponibilizar a vacina contra a covid-19 nas UBS em um segundo momento, mas não podemos correr esse risco agora, quando há um aumento significativo de casos suspeitos em todas os serviços de saúde”, destacou a diretora de Assistência Integral à Saúde de Guarulhos, Elisângela Arantes de Souza.

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