Vereador denuncia descaso da central de regulação da Secretaria de Saúde do Estado

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O vereador Jorginho Mota (PTC) tentou na noite desta segunda-feira (29) intermediar a transferência de uma criança que sofreu queimaduras pelo corpo para um hospital referenciado na capital, porém não obtém sucesso junto a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), serviço do Governo do Estado responsável pela abertura de vagas nas unidades.

“É necessária uma vaga informada pelo sistema Cross. Eu liguei para os hospitais que atendem queimados e consegui uma vaga no Hospital do Tatuapé. Porém, para que a unidade receba a criança o sistema Cross precisa liberar”, explicou o vereador.

Segundo ele, ao ligar para os responsáveis pela central foi tratado extremamente mal e negado o socorro à criança. “Eu gravei a minha conversa com eles e o atendente me tratou como se eu não fosse ninguém. Eu me identifiquei como vereador, uma autoridade da cidade, mas ele me tratou como se eu fosse lixo e desligou o telefone na minha cara. Se eles não mandarem a autorização, o Hospital do Tatuapé, mesmo tendo a vaga, não poderá receber a criança e o bebê pode morrer”, disse.

Confira a íntegra da ligação:

Na prática, a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) é o ponto de contato de todos os hospitais e serviços de saúde que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado de São Paulo. As solicitações são feitas por telefone ou via portal na Internet e classificadas segundo grau de risco, numa escala que varia entre os números 1 e 4. Solicitações para casos classificados como grau 1 são atendidos dentro de um período máximo de uma hora. A espera máxima para demandas avaliadas como grau 2 é de até três horas, de grau 3 é de até seis horas e as de grau 4 (consideradas de baixo risco ao paciente) são atendidas em até 12 horas. Cabe ao serviço de saúde de origem transportar o paciente até o novo local onde a vaga foi encontrada e ofertada.

De acordo com Mota, a sede da central fica em Guarulhos e, mesmo assim, não há interferência alguma da prefeitura. “Eu liguei para o secretário José Mario, mas a prefeitura não pode fazer nada. É um órgão do governo do estado”, disse.

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