Coluna 35


Afundação

Naufragou a ideia da Comissão Especial de Estudos (CEE) de contratar uma empresa especializada para dar um diagnóstico realista da Proguaru. Oito vereadores da base aliada, liderados por Geraldo Celestino (PSC) acreditam (mesmo?) que a inciativa só geraria mais gastos aos cofres públicos. O entendimento dos demais integrantes da comissão, e até mesmo do presidente da Casa, Martello, vai em sentido contrário, por entenderem que uma segunda opinião, além da que será oferecida ao Executivo pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), tornaria todo o processo mais transparente. O mais estranho, no entanto, foi que, ao mesmo tempo em que os vereadores discutiam o assunto, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) do Rio de Janeiro, que já estava em fase de contrato, corria da missão já negociada.

Para onde vais?

O ex-deputado Gileno Gomes parece não ter muita sorte com a família Bolsonaro. Em 2018, para não ter de apoiar a campanha presidencial de Jair Bolsonaro, ele trocou o PSL (Partido Social Liberal) pelo Patriota. Se deu mal na troca, perdendo sua cadeira na ALESP (Assembleia Legislativa de SP). Agora o filho presidente, o senador Flávio Bolsonaro já filiado à sigla, estendeu o convite ao pai. Se Bolsonaro aceitar, para onde irá Gileno?

E o prédio?

Até o momento nada se fala na Câmara sobre uma análise mais criteriosa sobre os R$ 18 milhões gastos com a reforma da nova sede da Câmara. Detalhe interessante é que a construtora só recebeu cerca de R$ 2 milhões este ano porque a gestão anterior (de Jesus), que inaugurou o prédio, não teve como pagar a empresa em dezembro de 2020, pelo fato de a obra não ter sido entregue em sua totalidade. Deu pra entender? A obra não constava no processo como concluída, mas foi inaugurada e o pagamento sobrou para a nova presidência. E ainda faltam outros R$ 800 mil, que ainda estão retidos legalmente até os inúmeros defeitos sejam resolvidos.

Permissão de uso

Seria de muito bom alvitre que algum (qualquer um) dos vereadores levantasse a situação das áreas públicas que estão sendo exploradas com Permissão de Uso concedida pelo Executivo. A Coluna 35 está levantando algumas dessas permissões em áreas nobres, que vêm de longa data, mas estão longe de atender à legislação.

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