Organizada e com bebida cara, festa de Réveillon leva 1,7 milhão à av. Paulista

- PUBLICIDADE -

Contrariando a previsão do tempo, a chuva não apareceu na virada para 2018 na avenida Paulista, em São Paulo. O público presente na festa de Réveillon destacou a organização e a segurança como os pontos fortes da festa.
À meia-noite, cerca de 1,7 milhão de pessoas estavam na Paulista e nas ruas próximas que dão acesso ao evento, segundo os organizadores. O número ultrapassou a previsão inicial, que era de 1,2 milhão.
A cantora Claudia Leitte foi a responsável por puxar a contagem regressiva. Antes dela se apresentaram o grupo Sambô, o cantor Latino e o DJ Memê, que também discotecou na parte final da festa.
Por medidas de segurança, neste ano a avenida foi separada em quadrantes, com cercas separando grupos de aproximadamente 500 pessoas. Conforme um deles atingia a lotação, era fechado para abertura de outro.
A medida parece ter surtido efeito. “O evento está bem organizado, um ambiente bem familiar. Você não se sente sozinho, dá até para interagir com o público nos hotéis”, elogiou a advogada Arisa Venerando, 25, que estava acompanhada do namorado, o assistente jurídico Thiago Marengoni, 33. O casal participou pela primeira vez da festa.
A festa foi a opção de pessoas que vivem na região da Paulista, mas também para quem teve imprevistos na programação de final de ano. Foi o caso do vendedor de autopeças Ariston Rodrigues, 47, que estreou este ano na Paulista. “Quis mudar um pouco, a família viajou e resolvi vir para cá”, contou.
O quesito segurança também foi destacado pela professora universitária Talita Lima, 39, que foi pela terceira vez à Paulista para o Réveillon. “É uma festa reconhecida, com segurança, ainda mais quando você vem com criança”, disse ela, que estava acompanhada do marido, Richard, 43, e da filha, Maria Clara, 5.
Um balanço preliminar da organização reforça a sensação de segurança. Até 0h30, não tinham sido registrados incidentes graves pela polícia. Cerca de 3.000 pessoas, entre policiais militares, guardas civis metropolitanos e seguranças privados, atuaram no local.

BEBIDA CARA
Um ponto negativo destacado pelo público foi o alto preço de comidas e bebidas à venda na festa. “Cerveja a dez reais? Isso é um roubo, até parece que é para afastar quem é pobre”, disse a cabeleireira Sônia Regina Gomes, 55.
“A bebida estava cara demais, podiam ter outras opções”, disse o psicólogo Helbert Pires, 38, que pela manhã já tinha participado da corrida de São Silvestre.
O som também apresentou falhas durante os shows. Uma delas ocorreu enquanto o cantor Latino apresentava um se seus sucessos, “Festa no Apê”.
“Vocês estão vendo que estou tentando. Outro artista já teria ido embora. Mas a energia de vocês é muito boa”, disse o cantor, que isentou a organização de culpa pela falha. “Choveu demais hoje”.

RECORDE INUSITADO
O Réveillon de 2018 pode não ter sido o maior da história do evento, mas a cidade de São Paulo já garantiu um recorde neste início de ano.
A cidade entrou para o Guinness Book, o livro dos recordes, por registrar o maior número de pessoas pulando em um pé só ao mesmo tempo -foram 1.277 participantes. A marca foi registrada logo após a contagem regressiva para 2018, pela colombiana Natalia Ramirez, juíza do Guinness que estava no evento.

RIO DE JANEIRO
Cerca de 2,4 milhões de pessoas assistiram ao tradicional show pirotécnico na praia de Copacabana, segundo a Prefeitura do Rio.
Foram usadas 25 toneladas de fogos de artifício, disparados de 11 balsas no mar. Na areia, a festa teve como principal atração a cantora Anitta, seguida pelas escolas de samba Portela e Mocidade Independente de Padre Miguel, campeãs do Carnaval 2017.

(Folhapress)
Foto: Ananda Migliano/Folhapress

- PUBLICIDADE -