Após apreensão durante protesto, dois menores estudantes do Brotero são soltos

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Reportagem: Ulisses Carvalho

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Os dois menores apreendidos durante um protesto na Escola Estadual Frederico de Barros Brotero, localizada na rua Jaiminho, no bairro da Vila Progresso, região central, foram soltos na tarde de sexta-feira (05),pela Vara da Infância e Juventude de Guarulhos. Eles foram ouvidos pela promotoria e pelo juiz, e foram liberados logo em seguida.

Os jovens de 16 anos foram apreendidos durante uma manifestação contra o diretor da escola na noite de quinta-feira (04), às 18h. Eles estavam protestando contra o atual diretor da escola, que não estaria deixando os alunos que chegam atrasado em decorrência do trabalho, entrarem na segunda aula.

Na sexta-feira,  o governador do Estado, João Doria (PSDB), determinou o afastamento do policial militar que aprece nas imagens empurrando uma aluna com uma arma. As aulas na escola ocorreram normalmente ontem, e inclusive, antes de começar o período noturno, às 19h, os estudantes se reuniram e realizaram um protesto pacífico na frente do Brotero. No local também havia a presença da PM.

De acordo com o advogado do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), Ariel de Castro Alves, o juiz Daniel Isler entendeu que os adolescentes não possuem antecedentes de atos infracionais. “Os PMs também não apresentaram provas que fizeram contra os jovens das supostas ameaças, vias de fato e danos ao patrimônio público. O Ministério Público (MP) pediu que a delegacia de continuidade às apurações, se necessário. Dessa forma, os jovens poderão responder por inquérito”, afirmou o advogado.

De acordo com Alves, não foi sequer instaurado um processo de apuração de ato infracional contra os jovens. “O juiz decidiu encaminhar os depoimentos dos jovens com as queixas para o comando da PM e para a Secretaria Estadual de Educação, para que sejam tomadas as providências”, afirmou.

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