O
Campeonato Paulista parou. Mas vai voltar. Nesta quinta-feira os clubes
completam um mês desde que o Estadual foi paralisado pela pandemia do novo
coronavírus, porém agora têm a certeza de que a competição será retomada
futuramente. Nesse período de inatividade, os 16 participantes lidaram com
negociações salariais, férias coletivas, recursos extras e até desmanches dos
elencos.
Para atualizar a situação de todos os times, o
Estado realizou um levantamento sobre a situação de cada um. Há aqueles que
receberam doações da Confederação Brasileira de Futebol ou quem nada teve de
recursos nesses últimos tempos. Confira como está o panorama da competição.
ÁGUA SANTA – A equipe terá de procurar renovar
os contratos de grande parte do elenco para a retomada do Estadual. Por não
estar em competições nacionais, o clube não recebeu repasses da CBF.
BOTAFOGO – Com férias coletivas até o fim de
abril, o clube tem se movimentado no mercado atrás de reforços. A diretoria
recebeu da CBF o valor de R$ 600 mil como adiantamento pelas cotas de televisão
do Brasileiro da Série B. Os salários dos jogadores no mês de abril devem ter
descontos de até 25%.
CORINTHIANS – Com férias coletivas até o fim do
mês, clube vai negociar em breve uma possível redução salarial do elenco.
FERROVIÁRIA – Clube teve como aporte financeiro
a ajuda de R$ 120 mil da CBF para participantes da Série D do Campeonato
Brasileiro. As atividades foram interrompidas pela pandemia.
GUARANI – Assim como demais times da Série B do
Campeonato Brasileiro, a equipe campineira recebeu o adiantamento das cotas de
TV da CBF no valor de R$ 600 mil. O elenco está de férias coletivas até o fim
do mês e a diretoria sinalizou que não pretende fazer reduções salariais.
INTER DE LIMEIRA – Elenco do técnico Elano tem
24 jogadores com contratos para encerrar até o começo de maio. A equipe não tem
outra competição no calendário até o restante do ano e, por isso, não recebeu
doações da CBF.
ITUANO – Participante da Série C do Campeonato
Brasileiro, recebeu a doação de R$ 200 mil da CBF. Alguns jogadores do elenco
têm contrato para encerrar nas próximas semanas. As atividades no clube foram
suspensas para evitar o risco de contágio. “Devemos respeitar as
determinações da saúde e também nos organizamos para estar preparados para
voltar a treinar”, disse o gestor do clube, Paulo Silvestri.
MIRASSOL – Com vaga garantida na Série D do
Brasileiro, a diretoria recebeu da CBF a doação de R$ 120 mil. Em entrevista ao
Estado, o técnico da equipe, Ricardo Catalá, contou que um dos trabalhos
durante a quarentena é para organizar a remontagem do time. “Tenho
observado jogadores para montagem de um possível elenco para a Série D, que
seria o próximo passo”, explicou.
NOVORIZONTINO – Por estar na disputa da Série D
do Campeonato Brasileiro, equipe ganhou R$ 120 mil da CBF. A diretoria tem
alguns jogadores com contrato no fim e avalia o mercado para a busca por
reforços para o restante do ano.
OESTE – Com uma verba extra de R$ 600 mil paga
pela CBF pelo adiantamento das cotas de TV do Brasileiro da Série B, o clube
está de férias coletivas. Por parte do elenco, somente dois jogadores têm
vínculos válidos até o fim do Campeonato Paulista. Os demais estão assegurados
no time pelo restante da temporada.
PALMEIRAS – Equipe tem direito a receber cerca
de R$ 9 milhões, valor garantido pela Confederação Sul-Americana de Futebol
(Conmebol) como adiantamento da premiação pela fase de grupos da Libertadores.
O clube realiza um estudo para verificar se tem condições de manter a folha
salarial durante a pandemia.
PONTE PRETA – Clube renovou o contrato do meia
senegalês Papa Faye único jogador que ficaria sem vínculo ao fim do Campeonato
Paulista. Agora, ele fica até dezembro. A diretoria recebeu da CBF o
adiantamento de R$ 600 mil referentes às cotas de TV da Série B do Brasileiro e
vai reduzir os salários do elenco em 25% durante o período da crise.
RED BULL BRAGANTINO – A equipe não recebeu
repasses da CBF por estar na elite do Campeonato Brasileiro. A diretoria deu
férias coletivas ao elenco e já adiantou que tem condições financeiras
suficientes para não precisar realizar reduções salariais.
SANTO ANDRÉ – Dono da melhor campanha do
Estadual até a paralisação, clube só tem quatro jogadores com contratos. O
Santo André promete reconstruir o elenco nos próximos dias e buscar renovar os
vínculos com atletas que participaram da equipe nos primeiros meses do ano. O
time não recebeu verbas da CBF.
SANTOS – Equipe não pretende fazer redução
salarial dos jogadores. Assim como o Palmeiras, a diretoria tem direito de
pedir para a Conmebol o valor de R$ 9 milhões, que diz respeito ao 60% de
adiantamento pela participação na fase de grupos da Libertadores.
SÃO PAULO – Diretoria realizou um corte de 50%
do salário em carteira e a suspensão do pagamento de direito de imagem dos
atletas. Para compensar perdas financeiras, o clube conta ainda com o
adiantamento de R$ 9 milhões pagos pela Conmebol.