Justiça: Réus de Guarulhos são condenados por venda irregular de remédios para câncer em Operação Medlecy

Apreensao de remedios proibidos de venda no comercio pela policia civil. Coletiva com o corregedor Gustavo Ungaro e o delegado Anderson Pires Gianpaoli. 14.02.2011 São Paulo-SP Foto: Gilberto Marques/Governo do Estado de SP
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Da Redação
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Após julgamento de recursos, o Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), obteve a condenação de investigados no âmbito da Operação Medlecy, deflagrada em maio de 2016. Os réus, envolvidos com organização criminosa voltada à venda no mercado paralelo de medicamentos de alto custo para tratamento de câncer, receberam penas que giram em torno dos 14 anos de prisão. Entre os condenados está o líder do grupo.

A Operação Medlecy deu cumprimento a mandados de prisão preventiva contra 11 pessoas e a 37 de busca domiciliar nas cidades de Bauru, Piratininga, Agudos, Arealva, Campinas, Jundiaí, Monte Mor, Ribeirão Preto, Araraquara, São Paulo, Osasco, Guarulhos e Goiânia, obtendo ainda o sequestro de bens. As investigações levaram a denúncias contra 15 pessoas.

Em sentença de agosto de 2018, o Juízo da 3ª Vara Criminal já havia condenado 11 pessoas por participação de organização criminosa, crime contra a saúde pública e receptação qualificada, aplicando penas que variaram entre dois e 17 anos de prisão.

“Com essa ação conjunta da CGA e do Gaeco, conseguimos descobrir um esquema de uso indevido de medicamentos de alto custo. Após a operação em 2016, verificamos que desvios de medicamentos também tinham ocorrido no estoque de dois hospitais do Estado”, declarou Ivan Agostinho, presidente da Corregedoria Geral da Administração (CGA), à época.

A operação foi um desdobramento das investigações iniciadas pelo Gaeco/Bauru em abril de 2015, que apurou a atuação de um grupo criminoso que estaria obtendo medicamentos de alto custo de origem ilícita (furto, roubo e desvio de órgão público) para, em seguida, por meio de empresas de fachada, promover a venda desses medicamentos a clínicas e hospitais. As vendas eram realizadas pelo escritório sediado em Bauru, onde inclusive atuavam os líderes da organização.

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