Cerca de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão, segundo a OMS

Foto: Darina Belonogova no Pexels
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A depressão é um transtorno que pode surgir em qualquer etapa da vida e que interfere nas atividades diárias, na capacidade de trabalhar, dormir, estudar, se alimentar, ou seja, compromete (e muito!) a qualidade de vida.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse transtorno. Já no Brasil, são cerca de 12 milhões. Essa é a maior taxa da América Latina e a segunda maior das Américas.

Para Mariete Duarte, psicóloga da Clínica Maia, um ponto importante quando falamos de depressão é aprender a diferenciá-la da tristeza.

“Tristeza é um quadro passageiro, já a depressão se instala por um período mais longo e ocasiona sintomas físicos e emocionais. A doença geralmente impede a realização das tarefas cotidianas e, por isso, é uma das patologias que mais afastam pessoas do ambiente de trabalho”, explica a especialista.

Os sinais e as causas da depressão variam de acordo com cada etapa da vida. Na infância, por exemplo, a criança pode apresentar dificuldade de concentração, memória ou raciocínio; agressividade; isolamento; sensação frequente de cansaço ou perda de energia são alguns dos indícios.

Já na adolescência, muitas vezes, o aparecimento da condição está relacionado ao uso excessivo das redes sociais e os fatores aos quais os jovens estão expostos nessas mídias. Nessa faixa etária, alguns sinais de alerta incluem baixo rendimento escolar, transtornos alimentares, distúrbios de sono, abuso de álcool e/ou drogas.

Na fase adulta, quem sofre com o quadro depressivo pode manifestar perda de interesse com relação a hobbies e atividades do cotidiano; problemas de concentração e memória, dificuldades para dormir e tomar decisões, entre outros sintomas.

Além disso, nesse período da vida, muitos acham que demonstrar tristeza ou sofrimento emocional é sinal de fraqueza, e, por isso, acabam tentando reprimir as angústias que sentem, convencendo-se de que não é nada demais, que vai passar e é preciso ser “forte”.

Nos idosos, por sua vez, a depressão pode aparecer por diferentes motivos e apresenta menos tristeza e mais dores físicas, assim como problemas de memória, características que são comuns na idade e que podem parecer inofensivas, mas nem tudo deve ser associado única e exclusivamente ao envelhecimento.

Aqui vale ressaltar que, para saber quando buscar ajuda, é preciso ficar atento à intensidade, duração e prejuízo que todos os sintomas têm causado na vida da pessoa.

“Insônia, angústia, desesperança, falta de motivação, desânimo, cansaço, irritabilidade e todos os outros incômodos citados – quando muito intensos, presentes por tempo prolongado e impedindo a pessoa de realizar suas atividades diárias – são indícios de que chegou o momento de buscar o suporte profissional”, completa a psicóloga.

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