Após confusão na Escola Estadual Brotero, diretor pede afastamento

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Reportagem: Antônio Boaventura e Ulisses Carvalho

O diretor da Escola Estadual Frederico de Barros Brotero, na região central, pediu afastamento por licença saúde, segundo informação confirmada pela Secretaria de Educação do Estado, que não informou qual o tempo previsto da licença.

O pedido de afastamento do trabalho ocorreu quatro dias após os alunos organizarem um protesto contra a direção da escola, acusada de “linha dura”. Durante a manifestação, no início da noite de quinta-feira (4), a Polícia Militar foi acionada e um dos PMs empurrou uma aluna de 16 anos com o cano de uma espingarda.

A cena foi filmada e viralizou nas redes sociais. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), determinou ao Comando Geral o afastamento do policial das atividades operacionais até que os fatos fossem apurados. Ainda durante o protesto, dois estudantes foram apreendidos e, posteriormente, colocados sob medida protetiva.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou ao HOJE que o policial ficará afastado pelo período de 40 dias. A Corregedoria da Polícia Militar e a Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo também investigam o episódio.

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Vereadora apresenta moção de repúdio no Legislativo

A vereadora Janete Pietá (PT) apresentou uma moção de repúdio contra o diretor da Escola Estadual Frederico de Barros Brotero por conta do protesto da semana passada..

“Cheguei em casa e ao ver os vídeos fiquei apavorada. Ela é uma jovem e como jovem estava exaltada. A escola é um templo do saber e ali tem que reinar diálogo, respeito e cidadania, e não se ensina cidadania com arma no peito. Eu fiz uma moção de repúdio e pedidos de informações ao secretário de Segurança Pública”, explicou Janete.

Para o vereador Geraldo Celestino (PSDB), a ação da colega é descabida.  “A vereadora apresentou uma moção de repúdio sem ouvir os dois lados. Nós acompanhamos este caso e sabemos da idoneidade do diretor da escola e o cuidado que ele tem com os nossos filhos. Infelizmente, hoje, o professor não consegue ter autoridade na maioria das escolas para conter os alunos”, disse Celestino.

Foto: Ivanildo Porto

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