Homem é condenado a 37 anos de prisão por feminicídio em Guarulhos

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Após quase 12 horas de julgamento, Israel Higino Serafim de Morais foi condenado após julgamento pelo Tribunal do Júri de Guarulhos, a 37 anos de reclusão. Ele foi acusado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio), bem como por fraude processual e destruição de cadáver. A denúncia foi elaborada pelo promotor de Justiça Danilo Roberto Mendes. O réu respondeu ao processo preso e continuará detido. O  promotor de Justiça que atuou no plenário foi Rodrigo Merli Antunes.  

Morais foi casado com Michele Fiori por 10 anos. Moravam no Jardim Cumbica, Guarulhos. Se separaram no final de 2014. Ela o considerava imaturo, já tinha sido agredida por ele e desconfiava que pudesse ter sido traída, segundo o MP. Por conta de terem dois filhos pequenos, ainda mantinham contato.

A condenação ocorreu na terça-feira (16), e o acusado nunca teria aceitado a separação e queria voltar. Ela se mantinha firme no propósito de se manter separada. Na data do crime, Morais foi buscar os filhos em um dia de visitas e pediu para os garotos aguardarem dentro do carro, que estava estacionado na rua. Pediu um copo de água para a ex-mulher e entrou sozinho com ela na casa. Insistiu novamente para reatar, mas ela teria recusado por mais uma vez.  O acusado então, teria sacado um revólver que trazia escondido e atirou contra a vítima, que foi atingida pelas costas no interior da cozinha.

Em seguida, Morais saiu da casa, entrou no carro onde os filhos já estavam e se dirigiu até a casa do ex-sogro para pegar um videogame para os meninos. Câmeras de segurança mostraram que ele chegou até mesmo a sorrir e a cumprimentar o pai da ex-mulher que havia acabado de matar e, na sequência, vai para a casa de seus pais deixar as crianças, de acordo com o MP.

O crime ocorreu no mês de abril de 2016, e ao voltar para a casa da vítima, Morais teria enrolado o corpo da ex-mulher em um tapete e colocado no interior do automóvel dela. Após comprar combustível em um posto de gasolina, ateou fogo no veículo em que estava a vítima, na rua Caminho 16, no bairro da Água Chata.

Segundo o MP, Morais após cometer o crime, teria fugido para o Paraguai, porém, foi preso pela polícia paraguaia 45 dias depois do fato, quando foi extraditado para o Brasil. Quando houve a detenção por parte da polícia paraguaia, o acusado estaria com a fisionomia alterada, usando barba e óculos.

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