Covid-19: Em Guarulhos, Furp produz Álcool em Gel para distribuição em unidades de saúde

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Antônio Boaventura
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Alvo de um comissão parlamentar de inquérito instalada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), a Fundação para o Remédio Popular (Furp) produz em sua unidade de Guarulhos (SP), desde a última quarta-feira (08), Álcool em Gel para distribuição em unidades de saúde do estado de São Paulo, segundo informações obtidas pelo Hoje. Entretanto, via assessoria de imprensa, a fábrica negou que esteja produzindo o produto.

Contudo, não foi revelado a quantidade a ser produzida e tampouco os custos de produção do Álcool em Gel 70% 400 gramas pela unidade guarulhense da Furp. De acordo com uma fonte do Hoje, o aumento intensivo da fabricação deste insumo, bastante utilizado neste período de pandemia provocado pelo Coronavírus para assepsia, deve começar nesta segunda-feira (13). Assim, como o destino desta produção, os locais de distribuição também não foram revelados.

Apesar das amostras produzidas e o início do processo de produção, a Furp, através de sua assessoria de imprensa, negou que o produto esteja sendo fabricado. O Hoje teve acesso a imagens das unidades que já haviam sido fabricadas, bem como do local de sua produção. Inaugurada em 1984, a fábrica guarulhense conta com mais de 800 funcionários e produz 96 medicamentos e anualmente 960 milhões de itens. Sua dívida é de aproximadamente R$ 1,3 milhão.

Depois de seis meses de investigações, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que investigou irregularidades nas fábricas da Fundação para o Remédio Popular (Furp), por meio dos deputados estaduais que participaram da comissão pediram o encerramento da Parceria Público-Privada (PPP) na unidade instalada em Américo Brasiliense (SP), o que pode beneficiar a produção de medicamentos em Guarulhos (SP).

O documento é resultado de 28 reuniões de trabalho, 17 depoimentos, quase 40 requerimentos aprovados (para convocações, pedidos de informações e obtenção de documentos) e diligências nas unidades de Américo Brasiliense e Guarulhos. O parecer aprovado denuncia por corrupção e improbidade administrativa ex-dirigentes da Furp acusados de receber propinas.

Apesar da ociosidade da fábrica em Guarulhos, que no ano anterior foi de 42%, e registrou em 2018, 60%, funcionários, naquela ocasião, defenderam a manutenção de seus serviços. Com uma dívida de R$ 1,3 milhão, eles cobraram a modernização do maquinário utilizado para a produção de medicamentos, já que entender ter capacidade para produzir até 1 bilhão de comprimidos por ano.

“A gente vê que é possível (manter a fábrica). A Furp é a reguladora do mercado de medicamentos no nosso estado e, sobretudo, é fornecedora para a população de baixa renda”, avaliou a deputada estadual Beth Sahão (PT), sub-relatora da CPI. Ao todo são distribuídos em todo país, via Ministério da Saúde, cerca de 45 remédios produzidos pela empresa.

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