No Hospital Pimentas, enfermeira explica o processo para doação de órgãos

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A Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), do Hospital Municipal Pimentas Bonsucesso (HMPB), em Guarulhos, administrado pelo IDGT, encerrou na terça-feira (28), a campanha “Setembro Verde”, com o tema “Doação de órgãos, nós estendemos as mãos para essa causa”. Para falar sobre o assunto, duas palestras foram ministradas (27 e 28 de setembro) pela Coordenadora Assistencial do hospital, Lucileide de Azevedo.

Durante a explanação foram abordados assuntos como tipos de doadores: vivo ou com morte encefálica. Foi explicado como é realizado o diagnóstico de morte encefálica e também como é feita a manutenção desse possível doador de órgãos na UTI. Foi elucidada a importância da abertura do protocolo de morte encefálica, que tem como finalidade o diagnóstico. “Assim que ele é aberto, a Organização de Procura de Órgãos (OPO), da Santa Casa de São Paulo, é acionada para acompanhar todo o processo junto com a nossa equipe até o desfecho final”, explicou a enfermeira.

No Brasil, há mais de 44 mil pessoas na fila de espera para o transplante de órgãos. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), no primeiro semestre de 2021 houve 40% de recusa na doação após a morte encefálica, boa parte das vezes porque a família não estava ciente da vontade da pessoa ser doadora. Com a pandemia, houve queda de 20% nas doações por todo o país.

Leonardo da Silva Machado, técnico em enfermagem no HMPB, contou como é a vida após ter sido submetido a um transplante de rim, em 2014. “Precisa ter um cuidado maior, mas é possível viver normalmente. Faz sete anos que sou transplantado e estou muito feliz por isso. Hoje em dia faço acompanhamentos trimestrais, mas é tranquilo. Apesar de ser um processo demorado, vale muito a pena. Por isso eu escolhi estudar e trabalhar com enfermagem. Quero poder ajudar o próximo, assim como fui ajudado.”

Como ser doador?
Qualquer pessoa pode ser doadora de órgãos. Basta ser maior de 18 anos, ter condições adequadas de saúde e ser avaliado por um médico para realização de exames. Para ser um doador em vida, você pode acessar o site da Aliança Brasileira pela doação de Órgãos e Tecidos (Adote), fazer seu cadastro e download do cartão de doador. Basta acessar o link: http://www.adote.org.br/ Além de fazer o cadastro, é importante comunicar sua família de que existe o interesse em ser um doador para que, após a sua morte, os familiares (até segundo grau de parentesco) possam autorizar o processo.

Quais órgãos podem ser doados?
Coração, válvulas cardíacas, fígado, pulmão, ossos, medula óssea, rim, pâncreas, córneas e pele. O sistema de doação de órgãos faz uma busca diária atrás de doadores compatíveis com a necessidade do solicitante. A prioridade é definida conforme a compatibilidade, gravidade, idade, tempo de espera, disponibilidade de doadores e a liberação de leitos, informou o Ministério da Saúde.

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