Ex-controlador geral da Prefeitura figura como testemunha em caso de sequestro e extorsão


Ao lado do ex-diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, o delegado Edmilson Pereira Bruno (foto), que já foi controlador-geral da Prefeitura de Guarulhos, figura como testemunha de um caso que envolve o sequestro e extorsão de um empresário ligado a bitcoins.

Segundo reportagem veiculada pelo SBT, os dois atuam como consultores de uma empresa de criptomoeda e entraram no caso para tentar reaver os valores pagos pelo cliente, antes mesmo das denúncias. Eles atuaram no sentido de auxiliar a polícia a prender os criminosos. 

Eles teriam conversado com policiais civis e militares, que passaram a ser investigados por sequestrar um empresário mediante pagamento de R$ 1 milhão. O sequestro teria ocorrido em julho e, segundo os autos do processo, o empresário Guilherme Aere dos Santos seria o mandante do sequestro contra outro empresário, da área de bitcoins.

De acordo com depoimento da vítima, o crime foi conduzido por policiais que a levaram ao 73º DP (Jaçanã), na zona norte de São Paulo, onde teria ocorrido a extorsão.

Os agentes envolvidos no crime eram três PMs, incluindo um militar da Rota, e quatro policiais civis. O sequestro teria sido motivado por vingança após Santos cobrar uma dívida contra o empresário dos bitcoins.

Contratados como consultores pela vítima, Daiello e Edmilson Pereira Bruno tentaram reaver o dinheiro em nome do empresário sequestrado. As conversas teriam acontecido em um shopping na zona leste de São Paulo. 

Como testemunhas de acusação, Daiello confirmou em depoimento que ele e Bruno foram contratados como consultores pelo empresário dos bitcoins. Daiello foi diretor-geral da Polícia Federal entre 2011 a 2017, atuando na época da explosão da Operação Lava Jato, até se aposentar e ser substituído por Fernando Segóvia. Bruno atuou em Guarulhos por pouco mais de dois anos. 

Segundo a investigação, Bruno atuou como consultor da empresa de criptomoedas. Em agosto, antes de a vítima apresentar a denúncia contra os PMs e policiais civis, ele teria participado das negociações com o objetivo de reaver o dinheiro pago por seu cliente.   Com a ajuda dos dois delegados, os policiais investigados foram presos e o caso está sob investigação na 2ª Delegacia de Crimes Funcionais.

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